BEGONIACEAE

Begonia huegelii (Klotzsch) A.DC.

Como citar:

Julia Caram Sfair; Tainan Messina. 2012. Begonia huegelii (BEGONIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

163.975,06 Km2

AOO:

220,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie ocorre nos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná (Jacques, 2012).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Julia Caram Sfair
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

Espécie amplamente distribuída encontrada de Minas Gerais ao Paraná. Apesar de ocorrer em regiões com intensa pressão antrópica, essa espécie é encontrada em diversas unidades de conservação (SNUC). Devido ao grande número de coletas, suspeita-se que a espécie seja abundante localmente. Dessa maneira a espécie é considerada como "Menos preocupante" (LC) em relação ao risco de extinção.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita originalmente em Prodr. 15(1): 364 1864. A espécie difere das demais espécies por apresentar nervura aparente na base da lâmina foliar, margem pilosa na ala do ovário e cistólitos nas tépalas das flores estaminadas (Mamede et al., 2012). Possui semelhança morfológica com B. paleata diferindo-se pelas escamas menores de 1 mm de comprimento, estípulas lanceoladas e sépalas e pétalas das flores femininas ovadas a arredondadas (Kollmann, 2012).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Ocorre em Floresta Ombrófila Densa Montana e Submontana (Mamede et al., 2012; Kollmann, 2012). Na Reserva Ecológica de Macaé de Cima a espécie ocorre com frequência em áreas de beira de estrada, na beira da mata e no sub-bosque (Jacques, 1996).
Habitats: 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane
Detalhes: Espécie subarbustiva a arbustiva de até 2 m de altura, monóica, botões masculinos de agosto a setembro, flor masculina não observada e flores femininas de agosto a outubro, frutificação em março, setembro e novembro a dezembro, ocorre em Floresta Ombrófila Densa de encosta e em áreas de beira de mata e de sub-bosque (Jacques, 1996; Mamede et al., 2012).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
A Mata Atlântica vemsofrendo ao longo dos anos intensa retirada de cobertura vegetal nativa,degradação do solo e introdução de espécies exóticas, visando a utilizaçãodestas áreas para plantios e pastagens (Young, 2005).

Ações de conservação (3):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
"Em perigo" (EN). Lista vermelha da flora do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
A espécie possui registro de ocorrência na Reserva Ecológica de Macaé de Cima, RJ (Jacques, 1996), na Reserva Biológica de Caratinga, MG (Lombardi; Gonçalves, 2000), no Parque Nacional da Serra dos Orgãos, RJ (Barros, 1136 RB; Martinelli, 3268 RB; Giordano, 2794 RB), no Parque Estadual do Forno Grande, ES (Kollmann, 6991 HSJRP), na Reserva Biológica Augusto-Ruschi, ES (Kollmann, 7348 HSJRP), na Reserva Biológica de Duas Bocas, ES (Kollmann, 11237 UPCB) e no Parque Estadual da Serra do Mar, SP (Cordeiro, 2268 SP).
Ação Situação
5.7 Ex situ conservation actions on going
A espécie possui registro de um indívuduo em cultivo na coleção viva do Jardim Botânico da Fundação Zoobotânica, RS (Aguiar et al., 2009).